Andifes, PROIFES-Federação e entidades do ensino superior articulam frente pela democracia

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O PROIFES-Federação e entidades ligadas ao setor de educação e ensino superior reuniram-se nesta terça-feira, 6, para debater a conjuntura atual, em especial no que diz respeito à educação e ensino público, e para avaliar a criação de uma frente ampla em defesa da democracia, que envolva diferentes setores e segmentos sociais em defesa das pautas e principíos democráticos, como,  por exemplo, a defesa do ensino público, gratuito e de qualidade, a liberdade de cátedra e de manifestação, e avanços sociais conquistados ao longo das últimas décadas.

O PROIFES-Federação esteve representado por seu presidente, Nilton Brandão (Sindiedutec-PR), o tesoureiro Flávio Alves da Silva (ADUFG-Sindicato) e pelo diretor de assuntos educacionais do magistério superior Ênio Pontes (ADUFC-Sindicato). Participaram também representantes da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), que sediou a reunião em Brasília, União Nacional dos Estudantes (UNE), Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnicos-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra) e Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes).

No evento as instituições acordaram a proposta da Andifes de criação de uma frente suprapartidária em defesa da democracia, à qual as iniciativas de defesa da universidade pública se somam, com o objetivo de buscar mais entidades representativas de diferentes setores nacionais para ampliar o apoio. “Uma frente com presença e ação forte na sociedade brasileira. Há um conjunto de sinalizações de perdas de direitos, com ação direta na saúde e educação, principalmente retirando recursos que são garantidos constitucionalmente, e foram duramente conquistados. Temos preocupações com nossas instituições, e com as liberdades de manifestação. Por isso a proposta dessa frente ampla, não ligada a organizações político-partidárias, em defesa da democracia e das liberdades democráticas”, afirmou Reinaldo Centoducatte, presidente da Andifes.

“A Emenda à Constituição 95 já apontava para a precarização dos serviços públicos. O que vivemos durante o processo eleitoral, com ataques violentos às universidades e às minorias, se mantém no período pós-eleitoral, e creio que a próxima leva de ataques será aos sindicatos e à representação e ação sindical, por isso é de fundamental importância que esta frente pela democracia seja bem sucedida, e que ‘ninguém solte a mão de ninguém’, porque se ficarmos isolados, perderemos força rapidamente”, afirmou Brandão em sua fala.     

As entidades presentes à reunião acertaram a data de 4 de dezembro para a realização de mobilizações, atividades, palestras e ações nas Instituições Federais de Ensino (IFES) de todo o país, e no dia 5 de dezembro uma grande mobilização em Brasília, no Congresso Nacional, em uma audiência pública reunindo movimentos, lideranças e parlamentares em defesa das IFES, da Contituição Federal e da democracia. Em 6 de dezembro ficou marcada uma nova reunião das entidades na Andifes, para avaliação e novos encaminhamentos.

Para Flávio Silva, o primeiro passo na resistência e valorização da educação pública será a constução desta frente ampla em defesa da democracia. “Defendendo a democracia, consequentemente estaremos defendendo a Universidade pública, gratuita, livre e de qualidade”, diz o presidente do Adufg-Sindicato.

Ênio Pontes destacou a necessidade desta frente em defesa da democracia de dialogar com diferentes públicos, para além da universidade. “Temos que nos organizar como frente com os parlamentares e movimentos sociais, desenvolver um plano de resistência para falarmos com diferentes setores da sociedade, para além de nós mesmos, da academia”.

 Fonte: Site Proifes